quarta-feira, 27 de maio de 2020
Controle de Qualidade relacionados a Assistência - Grupo C
- Juliana Alves da Silva
- Karla Azevedo da Mata
- Natali Portela Araújo
- Renan Andrade Martini
- Rodrigo Souza Pinheiro da Costa
- Rosana Sheila Muccillo
- Sara Karoline Rodrigues de Sousa.
- Silmara Brito dos Santos
Etapa III – Finalização e Resolução
A
motivação deve ser entendida como uma forma de avaliar a saúde mental do
profissional de saúde. A Organização Mundial da
Saúde (OMS), em uso de suas atribuições, constituiu um guia para orientar cuidados
a saúde mental de diversos grupos, incluindo profissionais de saúde. Para os
trabalhadores da saúde, o estresse e a pressão de lidar com o ofício, acrescido
do risco de adoecer, provocam severos problemas de saúde mental, aumentando os
riscos de desenvolver a síndrome de burnout, ansiedade e depressão¹.
A
gestão de pessoas é indeterminada e mostra relações entre as situações,
dependendo de vários aspectos como a estrutura organizacional, a cultura que
existe em cada organização, as características do contexto ambiental, o negócio
da empresa, nesse sentido o autor explica que a Gestão de Pessoas deve tratar
os funcionários como uma das partes fundamentais da empresa, pois são eles que
disponibilizam de seus conhecimentos e habilidades para as decisões e ações a
serem tomadas, dinamizando a organização².
A
motivação não se trata de novos truques ou técnicas superficiais que podem ser
usados para manipular os seres humanos. Trata-se, de um conjunto básico de
valores sendo claramente confrontados por outro sistema de valores mais
moderno, eficiente e verdadeiro, onde as consequências inovadoras da descoberta
de que a natureza humana tem sido realmente desvalorizada, compreende-se que a
desvalorização dos funcionários contribui com sua insatisfação, gerando
conflitos e indisposição na execução das tarefas a serem realizadas gerando
desconforto³.
Palestras motivacionais
são eficazes já que proporcionam um ambiente acolhedor e atinge a autoestima
dos profissionais envolvidos. Podem ser ministradas por colegas da equipe, que
desejam compartilhar suas experiências, bem como, por terceiros. A proposta do
grupo baseia-se em:
·
Proposta de reunião trimestral com a gestão ou com chefia imediata para
levar as problemáticas levantadas que causam desmotivação e propor soluções;
·
Palestras motivacionais ministradas por colegas de trabalho,
compartilhando suas experiências;
·
Entrega de folder contendo frases motivacionais criadas pelos
profissionais de saúde, da instituição.
As vantagens encontradas
nesse plano de ação é o fortalecimento da equipe, como um todo, apreciação pelo
trabalho do colega. A desvantagens seria o custo com a elaboração do folder.
Considerações finais
Enfermagem
Diante do déficit de
desmotivação discorrido no presente trabalho, julgamos que a elaboração do
folder é uma iniciativa dentre inúmeras possibilidades, que levará aos
profissionais a atenção e valorização que cada ser humano necessita em sua jornada.
No ambiente de um serviço de saúde, com grande fluxo de pessoas ou em um
contingente grande de profissionais de enfermagem (principalmente em hospitais)
é fácil sentir-se só mais um dentre a multidão, todavia oferecer a oportunidade
de reflexão e recordação da importância singular do seu trabalho na assistência
à saúde, poderá gerar sentimentos satisfatórios nos profissionais de enfermagem
assim como nos outros profissionais. Do mesmo modo, o impacto alcançara os
profissionais recém-chegados ao serviço de saúde, que ao enfrentarem uma
situação de pandemia somado ao novo cotidiano, poderão sentir-se acolhidos e
motivados no desempenho de suas funções. Ademais, o folder caracteriza-se como
uma via para a motivação profissional, gerando ganhos no desempenho e
engajamento dos profissionais e, consequentemente, melhorando a qualidade da
assistência à saúde.
Farmácia
A ideia do folder é
trazer ao funcionário o acolhimento e fazer com que se sintam bem no novo
ambiente, e que estes profissionais que estão chegando tenham um norte a seguir
na mais nova jornada, que agora está sendo iniciado, trazendo a ideia de que
estes possam trabalhar mais empenhados, e este cenário refletirá positivamente
de forma direta nos resultados.
Fisioterapia
Não importa a área, um
profissional motivado em seu ambiente de trabalho traz benefícios em ambos os
sentidos. Na fisioterapia, esse profissional vai estar mais disposto a lidar
com os seus compromissos, até mesmo em aprender mais ainda algo que goste. Manter-se
atualizado nos cursos como, por exemplo, em ventilação mecânica que é dos
maiores desafios dentro de uma unidade de terapia intensiva para que assim, o
paciente tenha menos complicações e consiga um desmame ventilatório adequado
para ele e tenha uma boa reabilitação de forma geral.
Psicologia
O funcionário motivado
causa grandes e profundas mudanças no local em que trabalha, pois este irá
propor estratégias para melhorar o ambiente de trabalho e, assim, propiciará um
ambiente que permita aos outros funcionários a continuar a efetivar o trabalho
com dedicação e motivação.
Serviço Social
Durante
o desenvolvimento do presente projeto, foi possível estimular rico processo de
aprendizagem frente às possibilidades de discussão e reflexão advindas de múltiplos
saberes de uma equipe multiprofissional, na busca pelo entendimento acerca da
problemática da Qualidade de Assistência.
Dentro
da ótica do Serviço Social, identificamos o impacto da gestão de recursos
humanos em saúde na qualidade de assistência prestada em um serviço de saúde.
Frente
desvalorização e desmotivação dos profissionais de saúde há o entendimento que
os desafios impostos no cotidiano, nos levam a um resgate constante de uma
motivação/direção proposta pelo projeto ético político que orienta o exercício
profissional dos assistentes sociais.
Compromisso com a qualidade na prestação dos serviços,
competência profissional e articulação com outros profissionais e
trabalhadores;
[...]
Articulação com os movimentos de outras categorias
profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral
dos/as trabalhadores/as;
[..]
Articulação com os movimentos de outras categorias
profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral
dos/as trabalhadores/as⁴.
Em
suma entendemos que uma gestão voltada à humanização de atendimento e plano de
carreiras pode valorizar e motivar os profissionais da saúde seja de um serviço
público ou privado, a trabalharem um prol do atendimento de 1ª linha e não
somente a atender estatísticas.
Tratando-se
da manutenção de saúde, temos que prezar pela saúde dos profissionais também,
com ênfase na saúde mental, para isto uma gestão de recursos humanos em saúde
tem que prezar pelo bem-estar de seus funcionários, para gerar reflexo na
qualidade a assistência.
O
Humaniza SUS, aponta alguns problemas enfrentados por trabalhadores na Política
Pública de Saúde e os impactos no cotidiano de atendimento aos usuários:
“[...] a desvalorização dos trabalhadores de saúde, a
expressiva precarização das relações de trabalho o baixo investimento num
processo de educação permanente desses trabalhadores, a pouca participação na
gestão dos serviços e o frágil vínculo com os usuários⁵.
Planos
de carreira são essenciais a fim de estimular a competição saudável entre os
funcionários, a humanização é primordial para sensibilizar estes profissionais
a prestarem um trabalho ético.
Podemos
sugerir com base no Art. 5º do Código de ética do Serviço Social, a contribuição
para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões
institucionais, para estimular o diálogo e feedback dos usuários do serviço
quanto a qualidade de assistência fornecida em atendimentos⁶.
Faz-se
necessário uma gestão humanizada dos recursos humanos em saúde, para assim
estimularmos a valorização de cada categoria profissional que compõe as equipes
de saúde, impactando diretamente na qualidade de assistência.
terça-feira, 12 de maio de 2020
Grupo C- Controle de Qualidade relacionados a Assistência
Etapa II – Planejamento e Ideação
Juliana Alves da Silva
Karla Azevedo da Mata
Natali Portela Araújo
Renan Andrade Martini
Rodrigo Souza Pinheiro da Costa
Rosana Sheila Muccillo
Sara Karoline Rodrigues de Sousa.
Silmara Brito dos Santos
Um dos problemas abordados em nosso brainstorm
foi o déficit de atualizações dos profissionais de saúde. Sabe-se que uma
educação continuada e permanente é muito importante nessa área para ampliar
cada vez mais a competência dos mesmos, pois a cada dia surgem conhecimentos,
tecnologias e informações novas. Porém, a carga horária exigida pelo ambiente
de trabalho pode levar a um contínuo esgotamento físico e psicológico,
dificultando a realização de cursos de atualização de qualquer tipo. Outra barreira
nítida são os preços elevados dos já mencionados cursos. Problemas como estes
poderiam ser solucionados pelos próprios hospitais onde atuam os profissionais,
com a realização de cursos, palestras e aulas, além de escalas alternadas onde
o profissional fosse liberado uma vez por semana para cursar em ambiente
externo, descontos e convênios com institutos de ensino. A partir desta
estratégia, ambos os lados seriam beneficiados.¹
Outro problema
citado foi à falta de motivação dos profissionais que estão cada vez mais
saturados, dando o melhor de si e não sendo devidamente reconhecidos. Um
indivíduo desmotivado pode cometer erros, gerando complicações para si e para
aqueles que cuida, ao invés de desempenhar o melhor que tem a oferecer. Um
ambiente acolhedor; profissionais qualificados para realizar avaliações
psicológicas; reuniões para discutir a comunicação e melhorias do trabalho em
equipe; palestras motivacionais; premiações e bonificações; todas estas são
estratégias simples de serem implantadas e que poderiam otimizar a atuação
profissional de trabalhadores em ambientes hospitalares.²
Segundo
Moreira (³) empregados motivados e valorizados pelas suas empresas atraem
outros bons e motivados profissionais, são mais comprometidos com os resultados
e com a organização do setor, buscam sempre melhores qualificações, são ativos
e, acima de tudo, querem o melhor para o seu setor de trabalho, pois sabem que
o seu futuro dependerá dos seus esforços.
Para
Lima (⁴) ao
mesmo tempo em que a falta de motivação tem a possibilidade de causar
desestruturação na organização do trabalho da enfermagem, a mesma funciona como
uma mola propulsora que impele o homem a buscar uma melhor execução de seu
trabalho. Dessa
maneira, a motivação é tida como uma ferramenta importante para o
desenvolvimento das potencialidades dos funcionários⁵.
Ainda, outro problema exposto durante o brainstorm tem
relação com a escassez de profissionais contratados, principalmente na área da
fisioterapia. Um estudo de Rotta (⁶) comparou dois grupos
internados em UTI’S de hospitais de grande porte, com quadros de igual
gravidade. Em um desses hospitais, havia disponibilidade de fisioterapeutas
24hrs por dia, enquanto no outro, apenas 12hrs por dia. Constatou-se que, no
hospital com disponibilidade de fisioterapeutas 24hrs por dia, houve um menor
tempo de internação dos pacientes e consequentemente, menores custos com
materiais hospitalares, insumos, etc., impactando tanto na saúde do paciente
quanto no orçamento do hospital.
Uma forma de resolver este problema, pensando não
apenas na fisioterapia, mas em qualquer setor onde seja constatada a falta de
profissionais, seria a criação de comissões que se reunissem regularmente,
apresentando relatórios com dados orçamentários e estatísticos, não apenas
expondo, mas justificando com dados concretos a necessidade da contratação de
mais profissionais, uma vez que a não contratação poderia impactar de forma
negativa na saúde dos pacientes acolhidos.
Tratando-se
de qualidade em assistência, os serviços de saúde são norteados pela Política
Nacional de Humanização (PNH) que defende crucialmente o acolhimento e defesa
de direitos do usuário, pelos profissionais de saúde. Podemos realizar um
paralelo com o que é defendido pelos Parâmetros de Atuação do Serviço Social em
Saúde (⁷), que está intrinsecamente alinhado com a PNH.
Estar articulado e sintonizado ao movimento dos
trabalhadores e de usuários que lutam pela real efetivação do SUS; Conhecer as
condições de vida e trabalho dos usuários, bem como os determinantes sociais
que interferem no processo saúde-doença;
Buscar a necessária atuação em equipe, tendo em vista a
interdisciplinaridade da atenção em saúde; Estimular a intersetorialidade,
tendo em vista realizar ações que fortaleçam a articulação entre as políticas
de seguridade social, superando a fragmentação dos serviços e do atendimento às
necessidades sociais.⁷
Frente ao
exposto, destacamos o conceito de saúde estipulado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) que define “um
estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de
afecções e enfermidades”. Conforme aponta a PNH (2013), esta estimula a
atuação profissional com o protagonismo do usuário no processo de cuidados em
saúde, a PNH abrange os gestores, trabalhadores e usuários da saúde, para
construção de iniciativas coletivas que reforcem a participação popular na
tomada de decisões e enfrentamento aos dilemas encontrados em serviços de
saúde.
Contrariando
as práticas desumanizadas que inibem a autonomia e cidadania dos usuários,
sendo assim, destaca-se a corresponsabilidade dos profissionais de saúde para
pactuar a inclusão e acolhimento dos sujeitos, sendo esta a ferramenta
considerada pela PNH como “MOTOR” de transformações, ao estimular o movimento
popular a participar da gestão, levantando questionamentos, com a finalidade da
inclusão como recurso para produzir saúde.
PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da
ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos,
tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas.
Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de
saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses
saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável.⁸
Portanto é
de extrema relevância considerar as diretrizes da PNH, que direciona que as mudanças
são mais concretas quando constituídas com autonomia e participação coletiva,
em um contexto em que trabalhadores não estão apenas para cumprirem ordens
assim como usuários não são apenas pacientes, diante disto, nota-se a ênfase a
necessidade transformações no reconhecimento do protagonismo de cada um, pois,
a humanização em saúde reconhece e legitima o cidadão de direito, valorizando
sua atuação na produção de saúde e atribuindo visibilidade à experiência destes
sujeitos, incluindo os referidos na tomada de decisões, pela participação nos
espaços coletivos, nos processos de gestão e de programas de saúde, como na
formação em saúde do trabalhador, para estimular possibilidades da formulação
de aprendizado coletivo, o que impacta diretamente na qualidade da assistência
prestada ao usuário/paciente.
1.FERNANDES JL et al. A importância da liderança e da motivação
nas organizações com o gerenciamento de projetos. Rev. Augustus | Rio de
Janeiro | v. 21 | n. 41 | p. 11-24 | jan./jun. 2016.
2.RIBEIRO BCO, SOUZA RG, SILVA RM. A importância da educação continuada e
educação permanente em unidade de terapia intensiva – revisão de literatura.
Rev Inic Cient e Ext. 2019;2(3):167-75.
3.MOREIRA,CM. A.; OLIVEIRA, MI, V. de.;
FILHO, J,G. B.; ALVES, L. L.; BEZERRA, MG. A.; TAVARES, P. G. C. C. Gestão e ambiente de trabalho na visão da
equipe de enfermagem de uma maternidade. Enferm. glob.,Fortaleza, v.10,
n.21, p. 01- 15, 2011.
4.LIMA, F. B.; VELASCO, A. R.; LIMA, A.
B.G.; ALVES, E. A.; SANTOS, P. S. S. R. dos; PASSOS, J. P. Fatores de motivação no trabalho de enfermagem. Rev. pesqui. cuid.
fundam., v. 5. n. 4. p. 417-423, out.-dez. 2013.
5.BEZERRA, F. D.; ANDRADE, M. F. da. C.;
ANDRADE, J. S. de.; VIEIRA, M. J.; PIMENTEl, D. Motivação da equipe e estratégias motivacionais adotadas pelo
enfermeiro. Rev Bras Enferm; São Paulo, vol. 24. n. 4, p. 33-37, jan.-fev.
2009.
6.ROTTA BP et al. Relação entre a disponibilidade de serviços de fisioterapia e custos de
UTI. J Bras Pneumol. 2018;44(3):184-189.
7.CONSELHO
Federal de Serviço Social. Parâmetros
para atuação de assistentes sociais na política de saúde. Brasília, CFESS;
2010.
8.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria
de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: documento base para
gestores e trabalhadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus.
Acesso em: 09 Maio 2020.
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